Friday, August 03, 2007

FIM das Caipirinhas & Caipiroskas

Estava a demorar para fechar este blogue. Na verdade, não me apetecia muito fechá-lo.. Como não me estava a apetecer muito vir embora. É uma lei da Física: Lei da Inércia - se os corpos estão parados tendem a ficar parados e se estão em movimento tendem a estar em movimento. Eu acrescento o Corolário: se estão em Fortaleza, tendem a querer ficar em Fortaleza...=P
(...adiante a base científica do raciocínio!..)
Então, sobre o blogue, ainda continuei a vir cá espreitar as fotos, os textos, os momentos, reler os comentários, hummm sabe bem reviver as coisas boas. Ainda me teletransporto algumas vezes para o meu puff laranja do 601 do Mirante D'El Mar (bem melhor que o sofa-pedra !!) e apreciar o oceano do lado de lá... Com aquele cheiro quente de clima tropical. E com aquelas luzes de candeeiro na noite diluídas pelo calor, no corrimento da Avenida. Ou então na minha rede vermelha e azul com os meus pés já roçando o estendal da roupa.. ouvindo um Chico, um Djavan, uma Maria Rita (entre tantos!) ou simplesmente com o som das ondas do mar.
O problema de conhecer lugares novos, ou melhor, de habitá-los, é que nos afeiçoamos a eles. Com todo o pacote incluído. As pessoas, lugares, paisagens, cheiros, calçadas, barulhos e silêncios! Huummmm...e gastronomicamente falando..águas de coco, açai na tigela...e até o inicialmente mal amado sushi!! (agora q saudades, aquilo vicia mesmo...) E não poderia deixar de fazer a homenagem à gostosa e quentinha...tapioca..
Seria uma opção habitá-lo, tirar dele o mínimo essencial e continuar a viver à distância. Mas eu preferi vivê-lo "com a cara e a bagagem" (alusão a crónica sobre viagens lida recentemente). Tentei absorver toda a informação à minha volta. Aprender a cultura, os "linguajares" (como diria uma amiga).. Dançar do mesmo jeito e com a mesma vontade. Colocar a hormona adrenalina a funcionar em muitas situações mais arrojadas! Enfim, foi uma opção e não me arrependo de nada..
Agora, regressada "às bases", tudo me parece meio sem graça. É normal , dirão. Tudo bem, mas não deixa de o ser. Mas sei que é um sentimento passageiro e logo tudo estará certo. Avizinha-se mais um projecto novo para mim. E estou entusiasmada. E o ser humano tem essa capacidade fantástica de se adaptar..e readaptar ...e voltar a adaptar! Giro ne? =)
Alguém muito especial desse Nordeste também me disse: "A tua felicidade está dentro de ti. Vai para onde tu fores"... Tão simples e tão verdadeiro, como nunca pensei nisto??
Outra coisa curiosa é que neste lugar do tempo sem pressa, aprendi o valor da liberdade. Do anonimato. De percebermos como estamos realmente sós num mar de gente, pequenos "grãos de areia no deserto da eternidade" (alusão ao livro que estou a ler agora: "Africa Acima" de Gonçalo Cadilhe). E de assim, tomarmos com afinco as rédeas do nosso caminho, sem correntes, preconceitos, "caminhos óbvios", pressões na sociedade, bla bla bla...Somos livres para fazermos e sermos quem realmente quisermos! Tão simples e tão verdadeiro de novo não é?.. (cada qual à sua conta e risco e claro que sempre "perto" de quem amamos, mesmo que fisicamente distantes). Há dois anos, se me dissessem que fui eu que escrevi isto, eu diria "Eu?! Vir com esta conversa 'de chacha'..." hehe Mas como já disse antes, acho agora que nos tornamos mais ridículos quanto mais ridículas achamos algumas verdades. A gente até sabe mas ninguém, e sobretudo nós ocidentais, sempre preocupados com coisas maiores como comprar casas e carros e juntar para ir de férias e o stress do trabalho e tal... parar e falar de liberdade?! Naah... A gente deixa isso para os brasileiros.. rs
Bem, só tenho a dizer que amei amei amei! E que logo estou de volta de certeza..É só querer e isso eu já quero. Portanto... ATÉ JÁ!!
Bem para encerrar deixo uma letra do Chico, Roda Viva, que acho que descreve bem esse negócio da vida da gente... ;)
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mais eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda-moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
No volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda-moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
Cabe-nos a nós direccionar essa roda para onde o nosso coração dita!!

Wednesday, July 04, 2007

Brasil...

(Foto de Ricardo Damito)

Fortaleza
Virada a leste a caminho do poente
Esquina com oceano emergente
Definida para o futuro, beirando o mar
Sambando, rindo e pagodeando,
Impossível não se apaixonar!
Brasil, das cores mil
Cores na paisagem, cores no coração
Paz na alma, samba no pé, mil sabores
Leva a vida com calma
E nunca percas a fé
Brasil, das mil cores
(LisDeLua)

Breve

...Sinto o coração apertadinho...

Thursday, June 28, 2007

Parada Gay em Fortaleza


E viva a diversidade!!

Palavras para quê, quando existem imagens...

http://www.flickr.com/photos/pedro_in_brasil/626613288/


(embora um pouco atrasadas que os dias têm sido corridinhos!)

Monday, June 25, 2007

A história do Joaquim e da Maria por Terras da Luz

(Esquissos "passa-tempo" numa loja de tatuagens, enquanto o Zé se flagelava com as suas novas estrelas lombares - Ftz, Mai07)

Apresento-vos o Joaquim e a Maria, por Pedro Eleutério e Sílvia respetivamente. Este simpático casal é de Barcelos e anda pelo mundo afora propagueando a simpática cidade portuguesa! :)))
O Joaquim, seguindo a tendência radical da turma tuga por terras da Luz, que anda com a mania dos piercings e das tatuagens, decidiu fazer este novo corte de cabelo (reparem na irreverência da assimetria). A Maria vendo o rapaz chegar a casa naquelas figuras, vira-se:
-'Oube lá, Quim, vens-me com essas modernices, vais mas é depenar pra outro galinheiro. Lá porque estamos no Brasil, 'num podemos perder as nossas raízes, os nossos costumes e muito menos as nossas cristas! Ai o caraças já....
Joaquim ficou meio encabulado com a reacção da sua amada, mas pensou "nada que um beijo de biquinho não resolva"
- Chega aqui Mariazinha, vê mais de perto...
...e pimba, lá ficou tudo bem! :)
THE END

Thursday, June 14, 2007

HO HO HO fora de época

(Rua de Fortaleza, 07)
Papai Noel chegou
Ao clima quente
Com sua barba branca
Mas sem o vermelho
Esqueceu o presente
(Lis de Lua)

Friday, June 08, 2007

Divagações de insónia tropical

Somos pequenas borboletas dançantes. Voamos e sonhamos como as borboletas. Somos, como elas, assim frágeis. No corpo e na alma. Somos, assim como elas, cada um de nós, seres apaixonantes, cada um ao seu jeito e sem saber onde reside esse encanto. Como elas, apenas queremos a nossa liberdade intacta. De ser, de estar, de viver, de sonhar. Queremos, como elas, apenas ser felizes.
Incrível como temos tanta gente à nossa volta. E à volta de cada uma dessas pessoas, existem outras tantas "tantas gentes".. E as pessoas vão passando na nossa vida e nós desfrutando dessa passagem. Conhecendo, amando, perdendo, reencontrando. Construindo uma vida ou abandonando para um destino fazer ou não reencontrar. Apenas não nos podemos acomodar. Acomodar é morrer!
Lá fora chove. Daquelas chuvas tropicais que tão depressa vêm como depressa vão. E refrescam a alma nocturna. Uma música certa, um sorriso desconhecido, uma conversa amiga trazem o mesmo efeito refrescante.
Lembro de uma mesma noite de insónia, na varanda da D. Berta, em Bissau, passaram-se sete anos já! Também começou a chover de repente e a escuridão cegava o olhar curioso. Nada aparecia, por mais que os olhos procurassem. Apenas uma lua longa e na esquina do céu. E a chuva ali tão perto era a única companhia viva.
Nessa noite, como esta, dava vontade de sair para a rua, correr a celebrar a vida que estava ali, toda ao meu dispor. E toda a sua mística, mistério, me tomavam de assalto. Como agora.
Sendo (quase) borboletas, temos uma única diferença para estas. Não voamos fisicamente (sem acessórios pelo menos) mas apaixonamo-nos por outras borboletas que se vão cruzando por nós nesta vida, e percebemos que sem elas não temos porque dançar..

Sabores do Ceará # 3

Desta vez apresento-vos a Tapioca!

Este bolo/cereal/iguaria nordestina é feita com a fécula extraída do cereal mandioca, que quando aquecida na chapa ou em frigideira coagula e ganha uma coesão especial. É servida com manteiga, queijo ou qualquer mistura de recheios doces ou salgados. Só é preciso imaginação!

A tapioca vende-se em goma fresca ou seca. A propósito da goma seca, aconteceu-me um episódio caricato, o ano passado, quando fui passar o Natal a Portugal. Para aguentar a viagem, comprei pela 1ª vez a goma seca.. mas a Polícia quase que me a confiscou no aeroporto já que não acreditaram lá muito que aquela bolsa de plástico com um pozinho tão branco e imaculado fosse um cereal!
Mas lá os consegui convencer...cheguei a casa coloquei água...mas aquilo virou puro gesso! A minha mãe não acreditou que aquilo fosse comestível! hehe Isto é...eu não sei usar a goma seca. Da próxima vou levar a goma fresca esperando que chegue lá ainda consumível!
Bem, histórias aparte..é óptimo comer uma tapioquinha ao pequeno almoço (café da manhã), a meio da manhã ou na verdade a qualquer hora do dia! Daquelas coisas que não tem como substituir em Portugal (embora, das coisas insubstituíveis, das de menor importância.. )

Estou a considerar a abertura de uma tapioqueira em Portugal... ia ter sucesso garantido!!

Outra marca bem nordestina deste país maravilhoso...

Friday, June 01, 2007

Um Bom Fim de Semana!

(Lago de água mineral, Brasília Abr 07)